terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Consolidação da EAD no Brasil

Estamos numa fase de consolidação da EAD no Brasil, principalmente no ensino superior com crescimento expressivo e sustentado.  O Brasil aprende rápido e os modelos de sucesso são logo imitados. O Brasil passou de importador de modelos de EAD para desenvolver seus próprios projetos, de programas complexos implantados com rapidez.  Algumas razões principais para esse crescimento rápido: demanda reprimida de alunos não atendidos, principalmente por motivos econômicos, muitos alunos são adultos que agora podem fazer uma graduação ou especialização. Por falta de termos instituições grandes em EAD como em outros países pudemos com a Internet passar do modelo por correspondência para o digital. O brasileiro aprende rapidamente, é flexível, se adapta a novas situações.
Ao mesmo tempo a EAD sempre esteve vinculada no Brasil ao ensino técnico, desde a década de 40 com o Instituto Monitor e o Instituto Universal Brasileiro.
É muito difícil fazer uma avaliação abrangente e objetiva do ensino superior a distância no Brasil, pela rapidez com que ela se expande nestes últimos anos, porque a maior parte das pesquisas foca experiências isoladas e porque há um contínua inter-aprendizagem, as instituições aprendem com as outras e evoluem rapidamente nas suas propostas pedagógicas. Não é mais uma proposta de ensino, hoje é uma realidade que as Instituições de Ensino Superior terão que se vincular.
A maior parte das instituições começa sua atuação em EAD de forma isolada, e com alcance predominantemente regional. Mas há atualmente uma evolução forte para a formação de associações pontuais ou mais estáveis, como os consórcios. Há um crescimento gigantesco dos cursos por satélite com tele-aulas ao vivo e tutoria presencial mais apoio da Internet. Uma parte das instituições só oferece os cursos pela WEB.

Surgimento da EAD

A Educação a Distância (EAD) no Brasil, é considerada, nos termos da Lei de Diretrizes e Bases (LDB), uma forma de ensino que possibilita a autoaprendizagem, como a mediação de recursos didáticos sistematicamente organizados, apresentados em diferentes suportes de informação, utilizados isoladamente ou combinados, e veiculados pelos diversos meios de comunicação”. Importante frisar que o conceito de EAD como a própria EAD, vem sofrendo alterações à medida que novas teorias, novas mídias, novos métodos de ensino estão sendo desenvolvidos.
Na literatura, a EAD vem sendo conceituada como “uma atividade de ensino e aprendizado sem que haja proximidade entre professor e alunos, em que a comunicação biodirecional entre os vários sujeitos do processo(professor, alunos,monitores,administração seja realizada por meio de algum recurso tecnológico intermediário,como cartas,textos impressos, televisão,radiodifusão ou ambientes computacionais” (ALVES; ZAMBALDE & FIGUEIREDO, 2004,p.6).
Para Llamas, a EAD é uma estratégia educativa baseada na aplicação da tecnologia à aprendizagem, e por isso, não obedece a limites de lugar, tempo, ocupação ou idade. Elementos que demandam novos papéis para alunos e professores, bem como novas atitudes e novos enfoques metodológicos. (et al. ALVES; ZAMBALDE & FIGUEIREDO, 2004).
Nesse conceito de Llamas, a EAD é tratada como uma estratégia educativa que utiliza a tecnologia como ferramenta. Tecnologia esta que não restringe a EAD ao uso do computador apenas. Isso é interessante porque, como dito anteriormente, a EAD se utiliza de diversos meios: cartas, textos impressos, radiodifusão,entre outros.
Outros pontos destacados pela definição de Llamas são a “quebra” da barreira espaço/tempo e a democratização do acesso. Qualquer pessoa, independentemente de idade, ocupação tempo e lugar pode fazer uso dessa estratégia. (et al. ALVES; ZAMBALDE & FIGUEIREDO, 2004)
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